
Thunderbolts – Quando os super-heróis revelam nossas próprias cicatrizes
Um dos filmes mais esperados do ano chegou aos cinemas — e ele tem muito mais a dizer do que você imagina.
Thunderbolts, dirigido por Jake Schreier (Beef) e com roteiro de Eric Pearson (Thor: Ragnarok) e Joanna Calo (Beef), não é apenas mais uma superprodução da Marvel.
É um espelho. Um reflexo das batalhas emocionais que tantas pessoas enfrentam em silêncio, atrás de sorrisos ou rotinas aceleradas.
E talvez seja por isso que ele mexe tanto com a gente.
🎬 Já está em cartaz em todos os cinemas!
E vou te dizer com o coração: esse não é só um filme para assistir — é um filme para sentir.
Quem são os Thunderbolts?
Yelena Belova, Bucky Barnes, John Walker, Guardião Vermelho, Fantasma… Nenhum deles se encaixa no molde do herói imaculado. São personagens marcados por traumas, erros e cicatrizes emocionais – assim como muitos de nós. Esses personagens são o núcleo de Thunderbolts Marvel e saúde mental – cada um com dores não resolvidas, cicatrizes e escolhas difíceis.
A missão externa vs. a guerra interna
Enquanto enfrentam uma missão perigosa, o verdadeiro conflito acontece dentro deles. O filme nos confronta com uma pergunta que muitas vezes evitamos no dia a dia: “Como seguir em frente quando o passado ainda dói?”

Sentinela: a dor que ninguém vê
O personagem Bob / Sentinela, interpretado por Lewis Pullman, é uma das representações mais sensíveis de saúde mental já vistas no universo Marvel.
Ele vive entre dois extremos: um poder imenso e o “Vazio” que o consome — um paralelo direto com condições como ansiedade grave, depressão e bipolaridade.

Reflexão:
- A saúde mental não segue uma linha reta.
- Ela não depende só de força de vontade.
- Às vezes, sobreviver já é um ato de heroísmo
Yelena Belova: a coragem de sentir
Yelena não está apenas em busca de vitória. Ela quer se reencontrar, descobrir quem é além das missões e lutas.
Numa das cenas mais emocionantes do filme, ela não luta contra Bob — ela o acolhe.
Ela vê a dor antes do perigo. E esse gesto muda tudo.
Porque empatia também pode ser uma arma.
E, em alguns casos, cura mais que qualquer poder.
Thunderbolts Marvel e saúde mental: um filme sobre dor e esperança
Ao final, os personagens continuam imperfeitos, inseguros, feridos.
Mas também mais conscientes, mais fortes por dentro e mais unidos.
Não há milagre, redenção mágica ou solução fácil.
Há um processo real de enfrentamento emocional. E é por isso que o filme nos toca tão profundamente.
O que você talvez não tenha percebido (mas que torna Thunderbolts ainda mais poderoso)
Além da trama central, o filme também entrega mensagens sutis porém poderosas, como:
- A ideia de reconexão com o corpo: os personagens lutam, mas também aprendem a reconhecer seus limites — o que é essencial em jornadas de autocuidado e saúde mental.
- A crítica ao culto da força emocional constante: Thunderbolts mostra que vulnerabilidade não é fraqueza — é consciência. E isso está totalmente alinhado com o que defendemos aqui no Blog Laluxo.
- A beleza da imperfeição: ao mostrar personagens quebrados e mesmo assim relevantes, o filme desconstrói o padrão inalcançável de perfeição — algo que também tentamos combater todos os dias quando falamos de beleza real, autoestima e saúde emocional.
Por que Thunderbolts é o filme que você precisa assistir?
Em meio a tantos filmes de herói que lotam as telas do cinema, Thunderbolts* desacelera e nos faz olhar para dentro. Ele reflete as batalhas que muitos travamos em silêncio – e, ao mesmo tempo, nos lembra que não estamos sozinhos.